A prática do autoconhecimento requer um olhar para si, que de forma profunda busca compreender as nuances da própria identidade. A falta de preparo educacional para o autoconhecimento sobre a sexualidade feminina tem custado caro para a qualidade de vida e o bem-estar das mulheres.

Quer um exemplo dessa realidade?

Imagina que você tem uma amiga chamada Fernanda. Ela marcou com o “crush” de ir a um lugar legal, fazer um programa a dois, namorar. Fernanda logo pensa na ambientação, na roupa e em todos os detalhes para o encontro. Mas na hora da intimidade ela pensa:

– Será que ele está gostando do meu corpo?

– O que será que ele está observando?

– E essa lingerie… o que será que ele está pensando?

Esses questionamentos sucessivos vão minando a segurança dela, deixando-a pouco à vontade e sem foco. E sabe o que provavelmente vai acontecer com a nossa personagem Fernanda? Ela não terá um ciclo de resposta sexual adequado ou com bom funcionamento. Logo essa experiência sexual não será prazerosa.

E como essa questão pode ser trabalhada no universo feminino? Posso já te adiantar que a prática do autoconhecimento é uma peça chave, fundamental para você começar a se enxergar, a se olhar e a se perceber, construindo novas reflexões sobre si mesma, sozinha ou num relacionamento amoroso.

E quando o assunto é sexualidade humana, não podemos esquecer que ela é constituída por fatores biológicos, psicológicos e sociais, que influenciam a forma como as mulheres pensam sobre sexualidade e as relações socioafetivas que criam ao longo da vida. Influenciam também a forma como cada mulher se vê e se aceita (ou não). Esses fatores muitas vezes são construídos de forma limitadora, impedindo que a mulher conheça seu corpo e prazer.

Será que as meninas são orientadas e educadas desde cedo a se tocar para se autoconhecer? Você sabe a resposta… A consequência disso eu te mostro com uma pergunta simples. Você consegue fazer um desenho da sua região íntima, da sua vulva, da sua vagina? Sabe qual é a anatomia da sua vulva? Se a sua resposta é não, você se encaixa na maioria das mulheres que não pratica o autoconhecimento porque deve ter ouvido que “é proibido se tocar”.

Vou te passar um exercício prático de autoconhecimento  que vai te trazer LIBERDADE sobre seu corpo. É o uso do espelhinho.